quinta-feira, 30 de julho de 2009
Desabafos
Procuro o poder de transformar as melodias em palavras, só assim poderia descrever o que sinto ao ouvir a tua voz, a doce e eterna canção de trevas e amor envolta em mistério e felicidade...
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Desabafos
Queimei os olhos para não poder te ver mais entre chamas de dor, abdiquei de todos os aromas só para não sentir o cheiro da tua pele e a essência mortal dos fios do teu cabelo, que os meus lábios virem pó para não poder beijar mais os teus e morrer no doce veneno que é o amor; corto as mãos para não poder sentir o veludo que envolve o teu corpo em tom de neve branca. Dá-me só uma última palavra, antes de abandonar todos os sons à porta da minha mente, mata o último dos meus sentidos, mas deixa-me sentir-te para sempre..
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Divagus
Abre seus braços, ela
de mil faces, espelhos baços
reflectem luz em sombra,
a eterna escuridão. Vida
Olhar decadente, sem vida,
aparentemente, vazia de tudo;
cheia de nada. Trevas
Sangue é rio, desagua no mar;
faz-me sonhar; em vida,
mas vivo, em morte.
Mar quebrou castelo. Sorte
Afogado em tristeza,
respiro mágoa, morro,
em mil pedaços, desfeito,
vulto caído no leito;
do rio. Acordo
de mil faces, espelhos baços
reflectem luz em sombra,
a eterna escuridão. Vida
Olhar decadente, sem vida,
aparentemente, vazia de tudo;
cheia de nada. Trevas
Sangue é rio, desagua no mar;
faz-me sonhar; em vida,
mas vivo, em morte.
Mar quebrou castelo. Sorte
Afogado em tristeza,
respiro mágoa, morro,
em mil pedaços, desfeito,
vulto caído no leito;
do rio. Acordo
terça-feira, 21 de julho de 2009
Em trevas, amor
Não o escolhes a ele, provavelmente ele te escolherá a ti; talvez nunca me irei esbarrar novamente contra ele na rua, nem ele me irá seguir e pregar-me um susto de morte. Mas sim, ele já falou comigo, tem uma voz doce e uma atitude serena, é belo poeta de narrativas brilhantes e falou as mais belas palavras que já ouvi. Pouco foi preciso para ser o meu melhor conselheiro, um amigo leal que afastava tudo o que de mau existia. Fez-me ter asas, fez-me ser mais do que o que imaginava ser, cegou-me e tornou-se os meus olhos, calou-me e fez-se a minha voz, paralisou-me e tornou-se a minha alma. Quando dei conta de mim, já não era nada para dar conta, um ser cego, mudo, surdo e acorrentado a ilusões de um demónio com asas de anjo que falava veneno com sabor a doçura e cantava a morte em tom de melodia.
Fez-me sufocar em tristeza, chorar sangue e arder em cinzas. Acorrentou-me a falsas esperanças, das quais não conseguía fugir, vendi a minha alma em troca de tudo, perdi a minha alma e não possuía nada. Tudo o que eu queria era que o manto de ilusões caísse e tudo fosse verdade, que tudo o que o amor me falou não fosse mentira, no fundo só a queria a ela.
Hoje sei que por muito que tenha medo de voltar a sentir o mesmo e que este tal amor esteja bem enterrado dentro de mim, em trevas que não conheço, espero ansiosamente pelas suas ilusões e de lhe oferecer a minha alma, pois viver preso e envolto em tristeza nunca me deixara tão feliz.
Fez-me sufocar em tristeza, chorar sangue e arder em cinzas. Acorrentou-me a falsas esperanças, das quais não conseguía fugir, vendi a minha alma em troca de tudo, perdi a minha alma e não possuía nada. Tudo o que eu queria era que o manto de ilusões caísse e tudo fosse verdade, que tudo o que o amor me falou não fosse mentira, no fundo só a queria a ela.
Hoje sei que por muito que tenha medo de voltar a sentir o mesmo e que este tal amor esteja bem enterrado dentro de mim, em trevas que não conheço, espero ansiosamente pelas suas ilusões e de lhe oferecer a minha alma, pois viver preso e envolto em tristeza nunca me deixara tão feliz.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Diário de linhas curvas
Trinta e um do dois de cinco mil e nada
Já não basta a falta de sensações para criar, tenho também a falta de inspiração para me perturbar, nada é interessante, nada me fascina, tudo é objectivo e concreto, nada me desperta, tudo me aborrece. Não sinto mais que nada, mas perturba-me mais que tudo.
Diário bastardo, volta atrás nas tuas faces e vê, lê-me alto e a bom tom, o que um dia foi um belo som, uma bela orquestra de uma alma. Quando fui rei e senhor das palavras, criei castelos com tijolos delas, diria melhor: Impérios! As tuas páginas são prova de quantas terras conquistei e impérios se desmoronaram ao passar da minha pena, o derramar de tinta foi tão belo, tão cruel, tão genial, fui durante tantos anos um conquistador imortal.
Hoje não passo de um conto, ou uma lenda irreal, falta a prova de que consigo voltar a derrubar todo o mundo com um traço continuo do qual belas composições se formam e tudo a volta derrubam. Tudo começa a fazer sentido agora!
Sinto a tua essência a voltar, a minha pena tornasse um pássaro outra vez, das suas lágrimas faço a minha tinta, de mim crio a obra, o poder é tão grande que não é possível controlar, é tão grande que apenas uma folha não basta, um diário não basta, a minha mente não basta, é tão destruidor, tão sonante! Mas guardo para mim hoje, afinal já não há nada a fazer, pois hoje sou só eu o meu diário e um copo cheio de sangue mental para motivar o meu pensamento irreal.
Já não basta a falta de sensações para criar, tenho também a falta de inspiração para me perturbar, nada é interessante, nada me fascina, tudo é objectivo e concreto, nada me desperta, tudo me aborrece. Não sinto mais que nada, mas perturba-me mais que tudo.
Diário bastardo, volta atrás nas tuas faces e vê, lê-me alto e a bom tom, o que um dia foi um belo som, uma bela orquestra de uma alma. Quando fui rei e senhor das palavras, criei castelos com tijolos delas, diria melhor: Impérios! As tuas páginas são prova de quantas terras conquistei e impérios se desmoronaram ao passar da minha pena, o derramar de tinta foi tão belo, tão cruel, tão genial, fui durante tantos anos um conquistador imortal.
Hoje não passo de um conto, ou uma lenda irreal, falta a prova de que consigo voltar a derrubar todo o mundo com um traço continuo do qual belas composições se formam e tudo a volta derrubam. Tudo começa a fazer sentido agora!
Sinto a tua essência a voltar, a minha pena tornasse um pássaro outra vez, das suas lágrimas faço a minha tinta, de mim crio a obra, o poder é tão grande que não é possível controlar, é tão grande que apenas uma folha não basta, um diário não basta, a minha mente não basta, é tão destruidor, tão sonante! Mas guardo para mim hoje, afinal já não há nada a fazer, pois hoje sou só eu o meu diário e um copo cheio de sangue mental para motivar o meu pensamento irreal.
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